fugitivo.

de repente penso.
exalo aromas conflitantes e distorcidos de uma realidade confusa aos meus olhos.
vejo outdoors de tantas logomarcas. usadas como próteses acopladas ao corpo de uma forma singular. repetição. repetição. repetição. animação.
tudo é tão sincronizado: os sorrisos, os olhares, as conversas... são sempre as mesmas. sempre da mesma forma. no mesmo tom. sem afinação.
equalizadas.
parecem espelhos de reflexos fúteis. árvores de frutos podres.
beiro à subversão. revolta. motim. balbucio algumas poucas palavras.
observo o mundo. o entorno parece ser fragmentado. cacos incomunicáveis com o epicentro.
a música reverbera em cabeças ocas. Nothing makes sense anymore.
há incompatiblidades estridentes.
há tentativas. uma vontade louca de preencherem um vazio no coração. buscam por métodos evasivos[...] um anseio descomunal de sentir-se bem[...]
porém, não percebem: a sanguessuga sempre quer mais.
sou eu? ou o outro? se todos dançam a mesma música, concluo que seja eu.
talvez o melhor seja rolar na grama!


 
filme? Bagda Cafe.